quarta-feira, 8 de junho de 2016

Medalha de Ouro para a PMMA

          Texto de 2004 
                                                                 Mons. Hélio Maranhão
                                                                 Academia Maranhense de Letras

    Ao som vibrante da Banda de Música da PMMA que desfilou, depois da Formatura e das Promoções (por antiguidade e mérito): de Soldados a Cabos (13), de Cabos a 3º Sargentos (15), de 3º Sargentos  a 2º Sargentos  (4) e de 1º Tenentes a Capitães (2), só aqui na Capital. E, enquanto a Banda desfilou pelos pátios internos do QCG, executando o marcial Dobrado “Batista de Melo”, comecei a pensar em  escrever esta homenagem singela e singular, justa e merecida a todos os Militares da PMMA.
    Assim, no Discurso de orientações, correções e elogios, o Cmt Geral, Cel QOPM William Romão, ao término dos elogios aos homenageados, ele mesmo, depois de comentar e dizer que o Jornalista da  Globo, Jarbot,  concedeu   Medalhas ao Ministro da Defesa e  à Polícia Federal e não  se lembrou das Polícias Militares do Brasil, o Cmt Geral Cel Romão   deu solenemente e justificou, com soberbas razões, “Medalha de Ouro” às  Polícias Militares do Brasil e, especialmente,  à PMMA.
      Realmente os trabalhos dos Policiais Militares, “verdadeiros sacerdotes da Segurança Pública” (Cel William Romão), neste ano de 2004, foram extraordinários e incomuns. A PMMA esteve sempre presente, através do CPI e do CPM, em todos os quadrantes do Estado  (227 municípios) e em todos os Bairros e Povoados  (522) da Ilha, isto é,  na Grande São Luís, em  São José de Ribamar, em Paço do Lumiar e na Raposa.
       A Polícia Militar é um verdadeiro Sacerdócio que eleva e dignifica, sublima, exalta e até santifica o próprio militar, qualquer que seja o seu Posto ou a sua Graduação, do Coronel mais antigo ao Praça mais moderno, qualquer que seja a sua Religião ou Igreja, qualquer que seja a sua Filosofia de vida ou a sua Visão de mundo, sua dedicação total ou sua consagração plena, pelo seu profissionalismo, é algo de grande, de nobre e, até, de sagrado.
       A Policia Militar do Maranhão que é mais que sesquicentenária (l836 –  2004  =  l68 anos), além de ser uma das mais antigas instituições  do Estado, ela tem se mantido e  mantém,  até hoje, sua  “performance”,  com excepcional postura,  profissionalismo, técnica  e  ética, pois como afirmou recentemente o Cel Benedito Batista, Sub-Comandante e Chefe do Estado
Maior, ela, hoje, está entre as melhores e as mais destacadas PMs do Brasil, pois a Mídia Nacional vem afirmando e confirmando que o nível de violência e de assaltos em São Luís e em todo o Maranhão é realmente o menor e o mais baixo, em relação a todos os Estados da Federação

     A PMMA vem crescendo qualitativamente, todo dia, toda semana, todo mês e todo ano, a ponto de já se poder pensar e falar abertamente, da CARA NOVA DA POLÍCIA MILITAR  DO  MARANHÃO e, neste ano de 2005, já se está pensando num Planejamento Global e num Nivelamento  Instrucional para todos, em 3 níveis:  Visão,  Abordagens  e  Táticas Especiais,  para que a PMMA, na Cidade (CPM) e no Interior  (CPI), possa, de fato, acorrer melhor,  atender melhor, assistir melhor e servir melhor, pois a sua razão de ser, desde o sonho do Brigadeiro Falcão, seu  Criador, é ser a PMMA a Guardiã perpétua, a Defensora  permanente e a Servidora constante dos cidadãos maranhenses, quaisquer que eles sejam e onde quer que eles estejam.
       Vamos reconhecer a presença extraordinária da PMMA aqui e no interior Neste mês de dezembro (mês do  Natal de Jesus e das festas natalinas), os Comandantes dos Batalhões  ( 1  BPM – 6 BPM – 8 BPM – 9 BPM  e o BPA (antigamente  BPFLO), estiveram   muito presentes junto à criançada dos Bairros vizinhos, com uma farta distribuição de lanches, roupas e brinquedos, jogos infantis e distrações várias, também para os doentes, os velhinhos e as pessoas  mais carentes, com  Cestas de Natal e  um serviço  de Sopão  ( pelo menos em l4 Postos), para todos os que  precisavam. E bom será que, no  Natal do próximo ano (2005),  haja muito mais presentes  (brinquedos e roupas),  cestas e sopões e em muito mais lugares, na Ilha de São Luís. Imagino, mas não posso  afirmar nem testemunhar o que a PMMA já fez e está fazendo, neste mês, no Interior, com os Batalhões de Imperatriz, Balsas, Barra do Corda, Caxias e Pindaré. A PM é o CPM na Cidade  e  a. PM é o CPI no Interior. 

       As coisas estão mudando e vão mudar, sobretudo com o Planejamento Global e o Nivelamento Institucional para todos, em três níveis: Visão, Abordagens e Táticas Especiais, que já está sendo planejado para ser  trabalhado,  logo depois do Carnaval. Que beleza, a PMMA em plena arrancada para o futuro, para o amanhã e para o melhor. Deus Pai, em Seu   Filho Jesus Cristo e no Seu Espírito de Amor já abençoou e vai abençoar,  ainda mais, neste ano entrante  (Ano Novo de 2005),  a Grande Família da PMMA,  porque os Capelães -  Mons. Hélio, o Pr. Misael, o Pe. José Raimundo, o Pr. Josué, o Pr. José de Jesus e o Pr.  Ronivaldo, todos, estaremos seriamente empenhados em pedir e suplicar veementemente, junto ao Trono da Graça e da Misericórdia, pela única mediação de Jesus Cristo, para o crescimento, o bem-estar e a garantia da PMMA e sua nobilíssima missão, junto à Sociedade e o Povo do Maranhão.  

Ação Eclesial dos Padres e Pastores – Capelães Militares na PMMA




Mons. Hélio Maranhão, Ten-Cel QOCPM,
Capelão-Chefe do SAR/ PMMA
Texto de 2009


         A Capelania Militar, graças a Deus e à largueza de vista e à compreensão do Governo do Maranhão, conta, hoje, com 7 (sete) Padres e 7 (sete) Pastores. Os Padres  – Mons. Hélio Maranhão, Pe. José Raimundo, Pe. Raimundo Meireles, Pe. Cláudio Corrêa, Pe Paulo Henrique, Pe. Antônio Baldez e Pe. Ailton César – todos, por enquanto, em São Luís, cada um continuando em sua Paróquia territorial, pois estamos começando um trabalho novo, de assistência religiosa, espiritual e pastoral, nas Unidades Militares da Capital e, logo que for firmada a nova experiência, com a permissão e o apoio do Sr. Cmt Geral, Cel Franklin Pacheco Silva, iremos, com certeza ao Interior do Estado, pois lá está o maior contingente da PMMA e do Povo Maranhense.
         Dos Pastores que integram a Capelania Militar , 3 (três) estão em São Luís – Pr. Misael, Pr. Ronivaldo e Pr. José Luís e 4 (quatro) estão no Interior – Pr. Raposo em Bacabal, Pr. Josué, em Santa Inês, Pr.Raul em Imperatriz e Pr Cavalcante em Açailândia. Estamos querendo acertar, pois somos uma Experiência ousada, porque
nova e pioneira, única no Brasil, porque é uma Experiência  Ecumênica (Padres e Pastores, trabalhando, juntos, caminhando na mesma direção).  Esta “Experiência de
Pastoral Ecumênica” está a exigir muitíssimo de nós,  Padres e Pastores. A convivência fraterna e pastoral, católica e evangélica, entre Padres e Pastores, tem um carisma especial, dado por Deus, de Quem provêm todos os dons e graças (Tg l, l7-l8), pois somos uma experiência arrojada e  pioneira, única no Brasil e, talvez. no mundo. Este procedimento ecumênico exige muitíssimo de cada um de nós, Padres e Pastores, como já dissemos acima, pois o Ecumenismo é uma visão nova de Igrejas Cristãs, pois só faz Ecumenismo quem aceita Jesus Cristo, como seu Único e Suficiente Salvador.
         É uma “Experiência a caminho”, em busca de Deus, Nosso Pai, na revelação de Jesus Cristo, Seu Filho e Nosso Irmão e Único e Suficiente Salvador de todos os homens e mulheres que O buscam sinceramente, em cada pessoa, em cada acontecimento e em cada cousa e em cada causa que abraçamos Esta visão ecumênica,
altaneira e corajosa, exige de cada um  de nós, Padres e Pastores, muito respeito, e atenção, e cuidado, e caridade sobretudo, e valorização do outro, e confiança, e compreensão, e paciência fraterna, já que somos, Padres (Católicos) e  Pastores (de varias Denominações Evangélicos – Igrejas Pentecostais, Batistas e Igreja Universal do Reino de Deus)., todos,  juntos e, ao mesmo tempo, a serviço do Reino de Deus, proclamado por Jesus Cristo, para servir e ajudar, sem distinção de quaisquer pessoas e sem proselitismo, aqui, em São Luís e, brevemente, em todas as Unidades Militares do Interior do Estado. Estamos querendo acertar e vamos acertas e ajudar, pois aceitando Jesus Cristo, como Nosso Único Salvador e querendo seguir todos os seus passos, temos que nos colocar a serviço de todos os homens e mulheres, quaisquer que sejam e onde quer que se encontrem, já que o Senhor veio foi para servir e dar sua vida em resgate de todos. Ele Mesmo disse: “Estou no meio de vós como Aquele que serve e quem quiser me seguir, tome sua cruz e Me acompanhe os passos que Eu dou, hoje, em cada pessoa, em cada acontecimento e em cada cousa ou causa que abraçais e assumir, como feitos a Mim
(Mt 25t, 34-46). Necessário é segui-LO e servi-Lo nos irmãos mais necessitados e pobres e andar sempre em frente e para a frente. Necessário é dar as mãos a todos e a todos proclamar, “em alto e bom tom”, que Deus é Nosso Criador, Nosso Pai e Nosso Guia, na revelação de \Jesus Cristo ( Mt 6, 9-15),  para alcançarmos a meta final a que todos aspiramos e buscamos, por caminhos diversos e diferentes: a felicidade completa e a realização de todas as nossas utopias, anseios, desejos e esperanças.
         Vamos em frente.  Deus está conosco, se nós estamos unidos, uns aos outros, como Ele mesmo ensinou “Este é o meu Mandamento... Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amo... Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei (Jo 10, 12-14), pois sendo rico Me fiz pobre, sendo Deus Me fiz homem, sendo Eterno Me fiz temporal, sendo Infinito Me fiz pequenino,  sendo Criador Me fiz criancinha, nascendo numa até manjedoura e vivendo como todos vivem, porque vim para que todos tenham vida e a tenham abundantemente (Jo 10,10).
         A Experiência Ecumênica da Capelania Militar da PMMA é uma tonalidade nova e diferente, no Diapasão da Igreja, no Maranhão e no Brasil. Que Deus Pai abençoe os Capelães Militares de São Luís, Padres e Pastores, a serviço do Reino de Deus, na Polícia Militar do Maranhão.






















terça-feira, 31 de maio de 2016

A Procissão dos Ossos

A Procissão dos Ossos
Mons. Hélio Maranhão – Ten-Cel QOCPM, Cpl Ch do SAR/PMMA
                                  Entre as Procissões mais antiga de São Luís e, já, há muito, desaparecidas, uma se destaca, merecendo especial atenção. É a Procissão dos Ossos. O Padre Astolfo Serra a ela se reporta, transcrevendo uma das mais belas páginas dos Folhetins de João Lisboa: “Na véspera do Dia de Finados, logo à noite, sai a Procissão dos Ossos. Dir-se-á que as almas do Purgatório, não satisfeitas com os sufrágios dos fiéis que acodem ao lugar onde repousam seus corpos, saem, sob a forma visível e palpável dos Ossos, a solicitar pelas ruas, as orações dos tíbios remissos ou enfermos que se deixam fica em suas casas. Eu vi descer o fúnebre préstito, por uma das principais ruas de São Luís: “Eram extremas filas de Irmandades e Padres, de círios, lanternas e archotes acesos. À frente ia armada, como em troféu, a imagem do Senhor Crucificado e muitos painéis de Santos. No fim da fila, o sarcófago, cheio de ossos, cobertos com um pano preto, com uma cruz de galões mortuários, carregado pelos irmãos da Misericórdia. Logo após a Banda Militar, chorosa e sentida, a grande multidão vestida de preto e branco e a tropa com as armas em funeral. Durante a passagem do préstito, dobravam dolentes os sinos de todas as igrejas.
                                  Ao recolher-se a Procissão dos Ossos, quando desembocava na Rua São Pantaleão, o fúnebre cortejo se derramava, como um estreito e apertado canal e lá, do alto da torre da igreja, as luzes dos círios e archotes figuravam uma só chama imensa ou parecia a superfície de um rio em fogo que corria, cintilando e flutuando, ao dardejar do sol meridiano.
                                 O poeta provinciano, de então, Augusto Frederico Golias, cantou assim: “A lembrança dos mortos é sagrada... E, em procissão, os restos verdadeiros da humanidade se transportam... Mas, choroso e carpido, geme o bronze”
                                  Conta-se que um incréu, desses pedreiros-livres de outrora que sempre tinham um riso de escárnio para com a Religião, assistia, da janela de seu casarão de azulejos, a uma dessas procissões, quando uma velhinha, coberta de preto, passou bem perto da janela por onde espiava o ateu. Ela parou um instante e pegando na mão daquele homem, antes que ele se refizesse da surpresa do susto, disse-lhe em segredo: “segure esta vela, por favor!” Quando abriu os olhos, o ateu que julgava pegar um círio aceso, tinha nas mãos, com espanto, uma canela de defunto. Rezam as crônicas que, no outro dia, os sinos de São Pantaleão dobraram dolentemente pelo incrédulo que morrera fulminado.
                                  É assim. Não se deve brincar com as coisas sagradas da Religião, porque a santidade é de Deus e Deus é toda sabedoria, grandeza e poder. Deus merece todo o respeito e a atenção de toda a sua Criação.


Voltando a ativa!!

Queridos e queridas seguidores e admiradores de Mons. hélio Maranhão, o blog esta de volta, para não deixar morrer a chama e o vigor que Mons. Hélio tinha. Ele faleceu no dia 09 de novembro de 2015, vitima de uma apêndice que sulfurou. Foi a hora dele. Foi um guerreiro, lutou durante 13 dias na UTI, mas ele sabia que o seu momento tinha chegado. Como diz uma frase dele: "Eu sei com com quem vou, sei para o que vou e sei para onde vou". Todos nós temos a nossa hora. Ele foi sereno e calmo, deixando um legado incomparável. Deixo aqui o espaço aberto a todas as pessoas que quiserem escrever sobre ele. É só me mandar por e-mail seu artigo para shulamita@hotmail.com
Me chamo Shulamita Gonçalves Maranhão, filha adotiva deste senhor, que pra mim não era só um pai, era um amigo, companheiro, o padre, o militar que esta deixando muitas saudades.